Santos

Santos é um município portuário localizado na região metropolitana da Baixada Santista, no litoral do estado de São Paulo e abriga o maior porto da América Latina, sendo um dos principais responsáveis pela dinâmica econômica da cidade, juntamente com o turismo, a pesca e o comércio. Com uma população de pouco mais de 430 mil habitantes, Santos está localizada em uma área de 280 km², sendo 85% na zona continental e apenas 15% na insular, o que naturalmente potencializa a existência de alagamentos na região.

Devido a estas características, a realidade apresentada no munícipio, até o começo do século XX, era de grande fragilidade devido, principalmente, ao alto índice de doenças contagiosas. Insetos, lixo e dejetos de diferentes naturezas somados ao clima quente e úmido, contribuíram para epidemias. Entre os anos de 1890 e 1900, a febre amarela atingiu o munícipio, e em alguns meses, a taxa de mortalidade chegou a 600 pessoas. Ao fim da epidemia, metade da população morreu por conta da doença.

Essa situação de calamidade fez com que muitas pessoas migrassem de suas moradias, entre áreas de estuário, abrigadas dos ventos e das tempestades vindas do mar, e buscassem a área da baía onde o clima era melhor, de águas protegidas. Essa migração fez com que projetos urbanísticos começassem a surgir visando tornar a cidade mais habitável, atuando na mitigação de impactos socioambientais. A urbanização de Santos era de fundamental importância e tinha o apoio do governo brasileiro, pois o escoamento da produção nacional de café, cultura de destaque na produção nacional, era feito na cidade.

Plano de Saneamento - Canais de Santos

Nesse período de migração e qualificação urbanística, surge o sanitarista Francisco Saturnino Rodrigues de Brito, eleito pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, como Patrono da Engenharia Sanitária Brasileira, em 2018.

Em 1905, Saturnino de Brito implantou o plano de saneamento que viabilizou a expansão da cidade, constituindo-se como seu referencial urbano mais importante até então. Seu plano teve por base a construção de canais de drenagem até a construção da Ponte Pênsil, para dar suporte aos emissários de esgoto da cidade. O sistema de canais de Brito consolidou destacado padrão sanitário nas novas áreas urbanizadas da Cidade de Santos.

Simultaneamente a implantação do plano de saneamento, o Porto de Santos e o sistema geral de saneamento eram reformulados, pois era necessário compatibilizar o funcionamento de ambos. A partir daí, os esgotos passaram a ser conduzidos por encanamentos inclinados enterrados no solo, transportando seus efluentes até as estações de tratamento.

Após a Segunda Guerra Mundial e a partir da industrialização do sudeste brasileiro na década de 1960 e a consequente expansão do Porto de Santos e da indústria automotiva da região do ABC, que promoveu uma migração muito grande de trabalhadores para a cidade e região, sobrecarregou o sistema projetado por Brito comprometendo sua eficiência, então os canais de drenagem passaram a ser veículos da contaminação do mar.

Após anos de discussão sobre o aumento da contaminação dos canais e das águas do mar, a Prefeitura, em conjunto com a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (SABESP), promoveu alterações no funcionamento do sistema proposto por Saturnino.

Sistema de comportas

Um dos elementos centrais da funcionalidade do projeto, originalmente adotados, são os sistemas de comportas. Entretanto, com a série de outras medidas de intervenção realizadas para o melhor desempenho do sistema de saneamento, foi necessário alterar o funcionamento das comportas dos canais, que com o passar do tempo se encontravam em estado precário de conservação.

O sistema de comportas contribui para manter a limpeza dos sedimentos acumulados nos canais. Para cumprirem sua função, eram fechadas durante a maré cheia e abertas na vazante, fazendo com que as águas interiores, então acumuladas, escoassem para o mar, removendo a sedimentação. Com a atualização do sistema, a partir dos anos 1990, as comportas dos canais de Santos vêm sofrendo reformas, e seu acionamento, antes manual, passou a ser automatizado e se mantém em evolução.

Tecnologia e soluções Coester nas comportas dos canais de Santos

Na busca pela melhoria contínua do sistema de saneamento da Cidade de Santos, a prefeitura local em parceria com concessionárias e empresas privadas, atuam constantemente em prol da atualização tecnológica. As novas comportas utilizadas nos canais de Santos são acionadas por atuadores elétricos inteligentes Coester, garantindo alto padrão de serviço do sistema.

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